segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sobre o que escreverei ? - mais uma da série ócio - PAPEL

Sobre o que escreverei ? Comecei a escrever este texto sem saber ao certo sobre o que escreverei. É ... mais uma da série “surto esquizonte”. Meu penúltimo texto postado foi assim também. Sem ter sobre o que escrever, escrevi o que veio à cabeça. Gostei do exercício, desta “experiência verborrágica”. Comparativamente seria como o espetáculo “Improvável”, tão largamente difundido no “Youtube”. Quem não conhece precisa conhecer. É muito legal. Principalmente a brincadeira do “Troca”, que consiste em se estar representando uma cena, uma situação, e quando o interlocutor diz “troca”, você tem que alterar a última frase dita, mudando também o sentido da cena. Exercício de improviso muito legal. Virou febre no Brasil inteiro. Trazendo este improviso para a escrita, vamos ver.... pensei em papel (é o que eu tenho à minha frente). O que eu poderia dizer sobre ele ? Este (à minha frente) particularmente é branco, bem liso, tamanho A4. No entanto foi partido em pedaços menores, talvez 1/8 de seu tamanho, para servir de rascunho. Tipo bloco de anotação. Papel... pelo que me consta foi inventado na China. Pelo menos o papel com esta cara mais moderna. Antes havia o papiro. Baita achado ! Imagina só: escrever em pedras.... que trabalheira ! Como não pensaram nisto bem antes ? Claro que o papel não é o rei da resistência. Altamente inflamável, inimigo número um da umidade... Mas é leve, fácil de armazenar e até que durável. - Parêntesis: vamo ver aonde esta ociosidade vai nos levar... – Durante alguns séculos o papel reinou absoluto. E ainda reina. Me lembro que há algum tempo tentaram emplacar o tal livro eletrônico, medido em bytes e não em páginas. Bobagem, não vai vingar nunca. E os críticos são unânimes: nada como o prazer de manusear as páginas, folheá-las. Nem toda a praticidade de carregar uma biblioteca em mídia eletrônica se compara a carregar o seu livro. Mas voltemos ao desafio (falar sobre papel). Putz ! já são 20 linhas de “embromation”. Mas continuando: o papel tem uma importância econômica muito maior do que se pensa. Graças a ele existem muitos outros coadjuvantes, que geram mais riquezas e trabalho: o peso para papel, a borracha, o lápis, a caneta, o triturador de papel... e até profissão: biblioteconomista, arquivista, vendedor de papelaria... O papel é tão importante, que gerou várias expressões desde que surgiu: “passar a limpo”, “de papel passado”, “desempenhar bom papel”, “que papelão”... Até mesmo este texto, mesmo que feito em mídia eletrônica, tem como anteparo o “Word”, que se apresenta como folha de papel. Que energia elétrica, avião, motor a vapor que nada ! A invenção por excelência foi o papel ! Muitos antropólogos dizem que se não fosse a descoberta do fogo e o cozimento dos alimentos, não teríamos saído das cavernas. Concordo. Mas sou advogado do papel como invenção dos últimos dez mil anos. Descobriram o fogo, mas ninguém foi capaz de registrar como foi. Não havia papel. Tá certo: tinha as paredes das cavernas... mas não é a mesma coisa... não dá pra carregar de um lado pro outro, reproduzir. Defendo até a mudança do nosso nome científico de “homus sapiens” para “homus papelorum”, dada à importância do papel. Por hoje acho que já chega. Não sei se cumpri o desafio de escrever sobre o papel e evitar o máximo de baboseiras possível. Mas achei este exercício interessante. Me lembra aquelas redações (também chamadas composições) do colégio. Os temas eram mais ou menos do mesmo naipe. Quase assim mesmo: “façam uma redação sobre o papel”. Que papelão professoras do meu Brasil ! Gosto de escrever por isto: às vezes se torna uma verdadeira “caixa de pandora”. E sai cada confete da cachola !

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