quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Now my heart is full ( I guess so)

Now My Heart Is Full - Morrissey

There's gonna be some trouble ( Haverá alguns problemas )
A whole house will need re-building ( Uma casa inteira precisará ser reconstruída )

And everyone I love in the house ( E todos que eu amo nesta casa )

Will recline on an analyst's couch quite ( Se reclinarão em um divã de analista )

Soon ( Em breve )

Your Father cracks a joke ( Seu pai conta uma piada )

And in the usual way (E como sempre )

Empties the room (Esvazia a sala )

Tell all of my friends (Diga a todos os meus amigos )

I don't have too many ( Não tenho muitos)

some rain-coated lovers' puny brothers (Só os frágeis irmãos dos amantes protegidos da chuva )

Dallow, Spicer, Pinkie, Cubitt Rush to danger ( Dallow, Spicer, Pinkie, Cubitt avançam para o perigo )

Wind up nowhere ( Acabam em lugar algum )

Patric Doonan - raised to wait ( Patric Doonan, criado para aguardar )

I"m tired again, I've tried again, and (Estou cansado de novo Eu tentei de novo e ) Now my heart is full (Agora meu coração está repleto ) Now my heart is full (Agora meu coração está repleto )

And I just can't explain (E eu simplesmente não consigo explicar )

So I won't even try to ( Portanto não vou nem tentar )

Dallow, Spicer, Pinkie, Cubitt Every jammy Stressford poet ( Dallow, Spicer, Pinkie, Cubitt Todos os poetas sortudos de Stressford )
Loafing oafs in all-night chemists (Tolos na gandaia em farmácias 24 horas )
Loafs in all-night chemists (Tolos na gandaia em farmácias 24 horas )

Underact - express depression (Controle suas emoções, exprima depressão )

Ah, but Bunnie I loved you (Ah, mas Bunnie eu te adorava )

Iwas tired again (Eu estava cansado de novo )

I've tried again, and (Eu tentei de novo )

Now my heart is full (Agora meu coração está repleto )
Now my heart is full (Agora meu coração está repleto )
And I just can't explain (E eu simplesmente não consigo explicar )
I won't even try to ( Portanto não vou nem tentar )

Could you pass by ? ( Poderia passar sem isso? )

Could you pass by ? ( Vai passar sem isso ? )
Could you pass by ? ( Poderia passar sem isso ? )
Could you pass by ? ( Vai passar sem isso ? )
Could you pass by ? ( Poderia passar sem isso ? )

Oh ... Now my heart is full ( Agora meu coração está repleto )

Now my heart is full ( Agora meu coração está repleto )
And I just can't explain (E eu simplesmente não consigo explicar )
So ... slow ... ( Então ... devagar ...)
Slow ... slow ... slow ... slow ... slow ... ( Devagar... devagar... )

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Brother's Fight

A natureza é cruel... mas o seu irmão pode ser ainda mais...
Ontem a secretária do escritório estava meio tristonha. A gente estranhou. Ela sempre é de conversar, brincar. Então eu perguntei a ela qual era o problema. Ela disse que havia brigado com o irmão. Brigou por coisa pouca. Segundo ela me disse, ela usou uma daquelas canecas de chopp, que se ganha em calourada. Caneca de estimação do irmão. Que ela acabou quebrando sem querer. Coisa pouca pra ela né ? Não sabe como os estudantes (principalmente do sexo masculino) prezam esses “troféus”.
Mas o fato é que eu disse a ela que brigar era bobagem. Que logo tudo se resolveria. Afinal, um irmão sempre quer o “bem” do outro. Mesmo que esse bem seja a casa dele, o carro ou o quinhão da herança... Nada como um “laço de sangue”. Curioso este termo (pensei agora). Laço de sangue dá idéia de prisão. De algo a que se é obrigado. Não seria melhor “elo de sangue” ? Deveriamos tirar o sangue também ( é muito violento). Que tal “elo de parentesco” ? É por isto que tem tanta discórdia em família: um “elo de sangue” só pode desandar em violência ...

GAME OVER

Qual a vantagem de se ter irmãos ? No caso dos meninos, se você pratica arte marcial, não precisará de “sparring”. Isto se você for o mais velho, claro. Caso contrário, você é o saco de areia... No caso dos mais novos, eles sempre pegam roupa usada. Livro usado. Mas tem um lado positivo: o mais novo tem grande chance de crescer com grande consciência ambiental. Afinal é “obrigado” a reciclar tudo que os mais velhos usam. Eu sou o mais velho lá de casa. Os meus irmãos, coitadinhos, usaram tudo meu. Desde roupa até livro. Eu ganhava tudo novinho ( chupa essa manga Ti, Có e Má !)

Ser o mais velho é o que há. E a melhor fase é na infância. Enquanto você pode dar porrada em todo mundo, você é “o cara”. Não que eu fosse violento. Prefiro dizer “incisivo”. Então os outros “melequentos” crescem e você perde seu reinado. De repente você olha pro lado no sofá, e aquele moleque começa a te responder com uma voz esquizofrênica (ora fina, ora grossa). Pode ficar mais forte que eu. Mas continuo mais alto.
Depois dos dezoito a briga é pelo carro. Principalmente se os irmãos não são de sair junto. Aí já viu né... A chave do carro é mais monitorada que preso em presídio federal. Mas o que pode causar uma guerra civil mesmo é pegar roupa ou tênis escondido. Meu irmão é mestre em surrupiar tênis. E na cara dura mesmo... quando vejo, já ta usando. Passa por mim e nem dá satisfação. Ah, “muleque” ! Irmãos: dá vontade de ma-tar, de tão fofos que são!
P.S.: Brincadeira. Adoro meus irmãos !

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Deus te dê em dobro ... o que me desejares

Essa eu tinha de registrar: peguei carona hoje com meu irmão pra ir trabalhar, após o almoço. Na rua em que procurávamos vaga, tinha uma BMW (BELINA MUITO VELHA, como dizíamos no colégio). Do modelo mais antigo que se possa imaginar. Dentro, um senhor de idade que guiava, distraidamente. O senhor andava bem devagar, sem cerimônia. Logo percebi um “daqueles” adesivos bem curiosos ( e de mau gosto, ao meu ver) que se costuma colocar em carros. Eu sorri e apontei para que meu irmão visse: “DEUS TE DÊ EM DOBRO TUDO QUE ME DESEJARES”. E continuamos seguindo pela rua à procura de vaga. Havia uma vaga enorme à nossa frente. O senhor da Belina estacionou nela. Cabiam ao menos três carros na vaga. Meu irmão foi embicando o carro atrás da Belina, quando o senhor começou a dar ré (provavelmente sem olhar no retrovisor) e “fechou” o nosso carro. Quase automaticamente meu irmão foi soltando um “seu filha da m....”. Aí eu apontei de novo pro adesivo do carro... Nós ficamos sorrindo feito bobos. O velhinho desceu do carro dele e olhou pra gente sem entender nada. Foi então que reparei em outro adesivo no carro dele, que dizia assim: “SEJA FELIZ”. Seria uma ordem ou um desejo ? Sei lá !
Depois de tudo isto, brinquei com meu irmão: - Imagina só se você manda o cara pra merda ?! E se Deus te desse tudo em dobro hein ?! NUMA SITUAÇÃO ASSIM, O QUE VOCÊ DEVE GRITAR PRO CARA ? -"TOMARA QUE VOCÊ "PEGUE" A GISELE BÜNDCHEN" ?( afinal, meu desejo virá em dobro....) Pensando bem, melhor não. Afinal ela é casada. Poderiam aparecer dois maridos furiosos para te bater....Fiz também outra observação: - Cê sabe q'eu zoei muito o pessoal que leu o livro e assistiu ao filme “ O Segredo”( na minha família foi que nem gripe - um passando pro outro essa inhaca... Pergunta se alguém se lembra do livro hoje...). Até eu que não gostei prestei mais atenção ! Contudo, hoje eu comecei a admitir que esse troço pode ter sentido... Vejamos: eu desdenhei o adesivo do cara. Poucos segundos depois ele fez uma “barbeiragem”... Meu irmão quase mandou ele pra um lugar que “em metade” já é ruim. Imagina “em dobro” ! Mas o que mais deu vontade de rir foi do outro adesivo: o “SEJA FELIZ”. Isto sim é que é ironia... Parece que o motorista que utiliza estes adesivos já sai de casa sabendo que vai fazer barbeiragem. E principalmente que vai ser xingado. E que pessoas desejarão a ele " coisas que ninguém quer em dobro”. Aff !
O caso é o seguinte: o trânsito já anda violento por demais. Pra que essa animosidade? Sugiro adesivos tais como: “ DEUS TEM PACIÊNCIA COMIGO. E VOCÊ ?”. Ou “ IDOSO DIRIGINDO. PACIÊNCIA: UM DIA VOCÊ TAMBÉM SERÁ UM". Ou quem sabe ainda: “ QUEM NUNCA FEZ MERDA NO TRÂNSITO, QUE DÊ A PRIMEIRA BUZINADA” ! Esse daí ia calar as buzinas ! Ou ainda este: "SÓ VOU PARA AQUELE LUGAR SE VOCÊ ME ACOMPANHAR"....

domingo, 20 de setembro de 2009

00:51

Ontem eu estava resfriado. Não deveria ter saído de casa, mas saí. Por insistência de uns amigos meus. É chato, eu expliquei: - a etiqueta recomenda não se sair quando se está assim... Mas acabei cedendo. Aí foi daquele jeito, parecia uma “Miss”: cumprimentando todo mundo com acenos. Pior que tava muito calor, e tive que tomar algo para me refrescar. Aí já viu: hoje acordei afônico. Meu irmão quando conversou comigo de manhã disse: ta parecendo o “Darth Vader”! Um amigo mais tarde achou que tava mais para “Poderoso chefão”.

Descontando a perda da voz e a febre que veio depois, foi uma noite legal. Além de estar com amigos, tive a oportunidade de conhecer uma garota muito especial. De rara beleza mesmo. Em todos os aspectos. Mais do que a beleza física, de rara inteligência e sorriso cativante. E também tinha muito bom humor. Os olhos eram vivos, cintilantes.

A questão é que fiquei pensando: hoje em dia é tão difícil as pessoas “se encantarem”, como diria Guimarães Rosa. Não entendo esse negócio do ficar. Acho que por isto os jovens muitas vezes são tão imaturos. Ninguém tem paciência de construir nada. Depois querem que o casamento dure... Querem construir o “pra sempre” “ajuntando momentos”. É o que eu penso: é capaz de ter muito namorado ou namorada que nem conhece a comida preferida do outro. Aliás, é o mal do nosso tempo: a pressa. Pressa de se "encantar". Mas encantamento é sinônimo de tempo.

O que se constrói depressa tem grande chance de esvair-se da mesma forma. Por isto a conversa, o olhar, o sorriso, tudo deve e-s-p-a-l-h-a-r – se. Como assim ? O seu sorriso não acaba no sorriso. Ele “espalha-se” quando fica gravado na retina do outro. Quando todo mundo se recorda dele pela semana afora. A pressa não é só inimiga da perfeição. É inimiga do coração.

P.S.: continuo acreditando que existe música para tudo. A música compõe a matemática do Universo. Ao ligar o rádio na volta pra casa tocava esta música dos Strokes.

12:51 - The Strokes

Talk to me now I'm older

You friend told you 'cause I told her

Friday nights have been lonely

Change your plans and then phone me

We could go and get 40's

Fuck goin' to that party

Oh really, your folks are away now?

Alright, let's go, you convinced me

12:51 is the time my voicefound the words I sought...

Is it this stage I want?

The world is shutting out... for us

We were tense for sure

But we was confident...

Kiss me now that I'm older

I won't try to control you

Friday nights have been lonely

Take it slow but don't warn me

We'd go out and get 40's

Then we'd go to some party

Oh, really your folks are away now?

Alright, I'm coming...

I'll be right there...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Lance de Correr

Comecei a correr há cerca de um ano. Nunca havia me imaginado correndo. Ou melhor: havia. Mas era algo distante. Isto não porque não seja afeito a praticar esporte, mas porque tinha a falsa idéia de que correr exigia grande resistência ou condicionamento extraordinário. Ademais, correr me parecia algo muito chato. Impressão que logo foi desfeita.
Na verdade o hábito de correr veio por acaso. Um amigo estava determinado a emagrecer. Sabia que ele já emagrecera quase 30 quilos e que fazia caminhada. Todo mundo estava impressionado com a determinação dele e ele dizia que queria ir mais longe. Foi quando ele partilhou comigo e outro amigo em comum que ele estava começando a correr. No entanto, dizia que correr sozinho era muito chato e perguntou se não quereríamos correr com ele. Nós topamos (mesmo pensando que aquilo não passaria daquela conversa). E qual não foi minha surpresa quando em uma segunda-feira (justo nela) estavam os três no horário e local marcados. Agora não tinha mais jeito. Se déssemos pra trás seria mico. Começamos a caminhar, conversando sobre futebol (um zoando o time do outro), quando o “ex-gordinho” ( como começáramos a chamá-lo maldosamente) propôs que começássemos a dar um "pequeno trote”: – Podemos alternar entre corrida e caminhada ( disse ele). Não custava nada tentar. Assim corríamos uns dez minutos e andávamos outros dez. No final daquela corrida, todo mundo tava com a língua na altura dos joelhos e jurando não repetir a experiência.
Isto foi há cerca de um ano. Hoje corremos uns quarenta minutos “sem chororô”. Nos orgulhamos disso. Às vezes até brincamos dizendo que o “Projeto São Silvestre” logo será possível. Creio que não esteja tão distante assim. O que nos falta é uma orientação profissional. Afinal não temos preocupação com a nutrição e acompanhamento médico. Confesso que somos até mesmo irresponsáveis em praticar corrida sem qualquer orientação médica. Mas o fato é que me apaixonei pela corrida. É que há algo “viciante” nela. Talvez a sensação de liberdade, os hormônios promotores de bem-estar. Quando se corre todo o “stress” vai ficando para trás. Muitas vezes quando estou com a cabeça cheia em casa, lembro-me logo da corrida. Pego o par de tênis e vou pra rua. Durante a corrida parece haver somente você no mundo. Tudo o mais vira paisagem: as pessoas, os carros. O “stress” não te alcança. Em certos momentos parece se estar em êxtase. Tanto é, que muitas vezes só se sente dor após horas do término da corrida. Dá um “barato” correr. Não consigo me imaginar hoje sem a corrida.

domingo, 13 de setembro de 2009

O Mundo dá voltas ... cuidado pra não ficar tonto ...

Fala sério ! Tem coisa pior que a auto-ajuda ? Ler livro de auto-ajuda pra mim é como escutar música tecno em velório. Vejamos: se você está na pior, é porque precisa de ajuda. E ajuda externa. Se soubesse “se ajudar”, não estaria na pior (what?). Confuso não ? Contudo menos confuso que um livro de auto-ajuda.
Nunca gostei de expressões como “pensar positivo”, “potencial pessoal” e coisa que o valha. Soa auto-suficiente, impetuoso... pelo menos pra mim. Penso que a melhor auto-ajuda (literariamente falando) é a leitura dos clássicos: Shakespeare, os contos dos irmãos Grimm, Andersen... Dali se tiram lições sobre a vida e a alma humana. O resto... bem, o resto é o resto. É o que está aí: uma enxurrada de livros sobre todos os assuntos. Agora compreendo Schopenhauer (filósofo alemão), que ainda no século XIX, quando a imprensa não tinha o desenvolvimento atual, já se alarmava com a quantidade de livros publicados. Em seu livro “A Arte de Escrever”, ele externa a sua preocupação com a quantidade de publicações lançada pelas editoras em sua época. Pobre Schopenhauer! Imagine se vivesse nos dias de hoje... sua estupefação seria infinitamente maior.

Voltando ao tema publicações de auto-ajuda: nunca gostei de da postura de guru, tipo “faça isso, faça aquilo”. Penso que a literatura deve sempre dar margem para que o leitor crie livremente, interprete, participe da compreensão do texto. Este é o mal que assola a literatura e também o mundo acadêmico: a resposta pronta, sem margem para questionamentos. O problema é que a maioria dos leitores são “infantis” quanto a esta concepção. Ou seja: não querem algo que exija demais. O livro de auto-ajuda é assim: não deixa margem pra sua imaginação. É uma coisa um tanto fascista. Como se o autor disesse: - “siga a minha receita seu bossal, sem questionamentos e serás bem-sucedido”. Já vem a receita pronta. Basta engolir ( não precisa nem mastigar).

O gênero auto-ajuda parece se tratar de uma tentativa de materialização de muitos ditados que ouvimos desde a infância. Do tipo: “quem ri por último ri melhor”, “nada como um dia após o outro”, e outros que denotem superação ou que “há uma luz no fim do túnel”. Quanto a este último ditado costumam brincar que “o problema é se esta luz for um trem vindo em sua direção”. Penso que o espírito está meio deturpado... O que esses ditados queriam passar é a necessidade de levar a vida com seriedade... mas não tão a sério. Afinal, “o tempo é o melhor remédio” – e é mesmo – contra qualquer angústia. O problema é que muitos hoje se agarram na idéia de que “o mundo dá voltas”, e ficam qual cão atrás do rabo... esperando alcançar o que já está há um palmo de si. Esquecendo do essencial ( pois “o sucesso” não é tudo, e é relativo). O mundo dá voltas... mas há que se ter cuidado para não ficar tonto ! Ou descer sempre no mesmo lugar.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Eufemismos

Não entendo certas expressões na linguagem corrente. Sei que elas estão por aí e “tals”... mas para quê ? São os famigerados eufemismos. Sei que no convívio social não se pode falar a seco. Afinal não somos robôs. Temos sentimentos. Compreendo até mesmo a caridade de tentar poupar o outro de certas “verdades”; ou ainda de notícias desagradáveis. Mas creio que tornou-se um vício da linguagem atual. Invadiram nossos períodos (lembram-se das aulas de Português ?). Pois bem... creio que isto é uma realidade pós-moderna, resultante do que chamo “a Ditadura do Politicamente Correto”. Como se todo mundo fosse de açúcar e não pudesse escutar nada que “entre arranhado nos ouvidos”, ou que arranhe a sua vaidade. Todo mundo sensível demais. Tolerante de menos.
Isto começou há umas duas décadas, mais ou menos. Influência da contra-cultura e da boa intenção, representados pela então preocupação ecológica e ambiental. Mas soam estranho algumas expressões, que parecem ter a pretensão de atenuar o que não é passível de se atenuar. Surgiu uma expressão que me confunde no meio médico: “ o Fulano teve óbito” ... Como assim?!! Ele MORREU ! “ EME”- "O" – “RE" -"U”. Não dá pra amenizar isto. E mesmo que desse, de que adiantaria ? Seria menos dolorido ? Quanto ao termo “teve óbito”... como assim TEVE ? A-há ! “- Então isto é algo reversível? – "Vai ressuscitá-lo doutor ?...” - posso imaginar. Que eu saiba pode-se ter sarampo, gripe, fratura... mas óbito ? Ninguém "TEM" óbito. Óbito é a maior expressão do não ter: deixa-se de ter vida !
Outro termo que também me confunde, e que caiu no gosto dos adolescentes é o “MEIO QUE”. Agora para explicar qualquer situação a meninada emenda um “MEIO QUE”. Já ouvi dizerem: - “a minha mãe meio que adoeceu”... Como assim ? Ela adoeceu do umbigo pra cima ou do umbigo pra baixo ? Compreendo que talvez se queira expressar que a doença não seja tão grave. Ou que talvez não seja nada sério. Mas é difícil este tal de “MEIO QUE”.
E existem centenas de outro exemplos: não se pode mais dizer gordo. Gordo não ! É "obeso", "com sobrepeso"... Aleijado não pode ser mais “aleijado”. Foi deficiente físico. Agora já é “portador de necessidades especiais”. E depois ? Provavelmente vamos chamá-los “pessoas-com-dificuldades-motoras-advindas-de-fatores-extrínsecos-decorrentes-de-acidentes-automobilísticos-e/ou-similares” ? - Ufa ! Concordo que o termo “aleijado” seja pejorativo. No entanto creio que a ofensa esteja mais presente na entonação, muitas vezes, do que na palavra em si. “Deficiente físico” já é suficientemente esclarecedor. Não precisa inventar mais. Nos últimos tempos vimos ladrão se tornar delinqüente. Até os bandidos gostaram da brincadeira e alguns traficantes do Rio de Janeiro auto-denominam-se “comerciantes”... Pode ? É... não deixam de o ser ! Dou uma sugestão melhor: podem se auto-denominar “fornecedores-para-legais-de- substâncias-potencialmente-entorpecentes-não-aprovadas-pela-legislação-vigente-ainda”. Ah, vai te catar ! Não consigo ter que falar como se estivesse “pisando em ovos” o tempo todo. Então para terminar com essa “bagaça”, antes que este texto vire uma zorra, vou finalizar esse babozeira de m... antes que o leitor fique de saco ch.. dessa p...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

As padarias serão dormitórios um dia ?

Hoje tomei café na padaria. O fato é que hoje eu apelei. Acordei e pensei: não vou fazer café porque não pode por açúcar (por causa da glicemia da mamãe). Olhei no armário: meio pacote de biscoito água e sal ( nem pra ser cream cracker !). Dei um giro de 360º pela cozinha: na fruteira só banana e laranja. Abri a geladeira: ovos. Pensei comigo: dava pra fazer uma omelete, mas não tô a fim. Hoje não. Não é possível que não tenha nem uma fatia de presunto de peito de peru ! O negócio é comer na rua mesmo... o tempo que vou levar pra fazer o omelete é o mesmo pra comer na padaria.
E padaria hoje é mais concorrida que o “point” da “happy hour”. Há poucos anos pra mim isso seria impensável. Quando garoto, padaria servia apenas pra gente comprar pão, leite ou uma farinha de trigo quando a mãe pedia. Hoje ela é lanchonete, loja de conveniência, restaurante. O pessoal do serviço se encontra lá. Quase ninguém toma café em casa mais. Tem o horário do ônibus... tomar café na padaria acabou sendo mais prático. Sai mais caro, é verdade. Mas a vida moderna roubou o direito do sentar-se à mesa, saudar a família com um “bom dia !”. Dava pra tomar café em casa se eu não tivesse que entrar às 07:00. Tudo bem que meu pai é meu patrão, mas eu não tenho privilégios. Em casa sou eu que passo o café. Não dá pra comprar pão porque não tem padaria por perto. Bairro novo ... parece uma roça. Dessa forma, melhor aproveitar o tempo que se gastaria em ir e voltar da padaria e tomar café perto do serviço.
Lá pelas três da tarde tem a pausa pro café do pessoal. Aí são mais uns quinze minutos na padaria. Se se pensar que pela manhã já passei outros quinze minutos lá e de tardezinha ainda vou passar por lá para levar algo pra casa. Se calcular, passo no mínimo uns 45 minutos na padaria. Por dia. Se almoçasse lá, seria mais de uma hora. Então fico pensando: poderia ter um cantinho para tirar uma sesta na hora do almoço ! Já tomo café por lá, quando tem comida no quilo, almoço por lá ... se tivesse um cantinho pra um cochilo seria perfeito ! Poderiam aproveitar e instalar duchas individuais em banheiros pagos. Já tem padaria que é “lan-house”, café, lanchonete, sacolão... Falta o quê mais ? Dormitório ! Padaria-dormitório ... não seria legal ? Você sairia de pijama, direto pro café. Depois se trocaria e atravessaria a rua: direto pro trabalho. Tristeza é chegarmos a tal ponto. Tudo em detrimento do convívio familiar. Não me conformo em passar mais tempo fora de casa do que nela. Dá saudade do tempo em que a mãe preparava a lancheira do colégio enquanto as crianças tomavam o seu achocolatado calmamente e brigavam: “- você pegou um pedaço maior que o meu !”... e depois todo mundo saía junto ...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Globo é mais eficiente que a CIA

Nas últimas semanas o Brasil repentinamente viu toda a imprensa noticiar que o cantor Belchior havia “evaporado”, se “vaporizado” há mais ou menos um ano. Interessante a imprensa só “perceber” o sumiço do cantor agora. Talvez já tivesse sabido antes, mas por falta de matéria em pauta, resolveu noticiar. Também denota o quanto o Brasil tem memória curta. É certo que Belchior nunca atingiu o status de estrelato de um Roberto Carlos ou o apelo popular da Ivete Sangalo. Mas tem a sua cadeira cativa na MPB.
Pois é... não é que a Rede Globo encontrou o homem no Uruguai ? Putzgrila ! O cara tava lá “tranquilo, tranquilo” nos pampas uruguaios e vem uma repórter pentelhar o cara ! A Globo encontra todo mundo ! O pessoal da Polícia Federal poderia fazer estágio por lá... Me recordo que o repórter Roberto Cabrini ( hoje na Record ) foi quem encontrou o PC Farias ( nem a Interpol conseguiu). Agora a Sonia Bridi encontra o Belchior... Coloca esse pessoal na cola do Bin Laden, pô ! São que nem cães perdigueiros ! Mas o Belchior também hein... nem pra tirar o bigode ! Se realmente não queria ser encontrado, deveria saber que o bigode denuncia logo.
O caso é o seguinte: se realmente Belchior resolvesse “dar um perdido” e sumir por uns tempos, isto não seria uma questão de foro íntimo ? - claro, se não houvesse contratos a cumprir. Comecei a pensar: Eu mesmo ( e creio que metade da humanidade) já pensei em sumir, “me pirulitar”, escafeder-me em algum momento. Se pensarmos bem, quase todo mundo faz isto em um feriadão: tirar férias de tudo e se embrenhar no mato para pescar ou ir para um sítio ou mesmo o litoral. Quanto às supostas dívidas ( se existirem realmente ), os credores certamente já estariam na cola do cantor.
E a repórter da Globo perguntou pro Belchior: - “ Mas o que você ta fazendo aqui no Uruguai ?”. Se fosse eu não deixaria por menos e responderia: - “ É que entrei para um grupo de esquerda e to planejando seqüestrar repórteres” (he, he)... Imagina só a cara dela... No início o Belchior resistiu em falar com a tal repórter, mas cedeu. Parecia feliz e dizia desconhecer o alvoroço que seu sumiço causou no Brasil. Coitado... ferraram a paz do cara. Se fosse comigo, da próxima vez me escondia no Himalaia. Ia pedir abrigo pros monges budistas.
E o pior é que a internet superdimensiona tudo. Sabe aquela jogo “Aonde está Wally?” Pois é... criaram o “Aonde está o Belchior ?” . E os blogs também não perdoaram: o Danilo Gentili ( do CQC) teve a melhor tirada. Ele disse que Belchior não poderia ter ido muito longe afinal (...) “é apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no Banco” (...) e sabe-se que ele (...) “tem medo de avião” (...).
Se a CIA fosse eficiente como a "Rede Groba" imagina só que maravilha ! Já teriam granpeado todos os terroristas da "Al Qaeda", descoberto quem matou John Kennedy (como se não soubessem) e revelado se os extra-terrestres realmente estão entre nós. Só não conseguem comprovar as acusações contra o Bispo Macedo ( não se sabe se por falta de vontade ou de provas). Ah "Rede Groba", deixa o Belchior em paz !