Hoje acordei como sempre por volta das seis e quinze.Enquanto minha mãe passava o café, liguei a televisão para acompanhar o noticiário. O "Bom Dia Brasil", mais precisamente. Mal se passaram dez minutos, e eis que, entre uma notícia futebolística e outra, o locutor me anuncia: "- empresária gaúcha mata irmã, sobrinha e o marido". Motivo: estava falida, liqüidada. E o pior ainda estava por vir: quando a repórter perguntou ao delegado se ela estava presa, o agente respondeu: - Não. Está internada em uma clínica... Não está em condições emocionais de responder. Pensei mesmo assim na hora: - Poxa ! Queria ver se fosse pobre ! Tava presa em flagrante por triplo homicídio, triplamente qualificado. E desde quando problemas financeiros agora são motivos para se matar três membros da família ? E o delegado ainda põe "panos quentes" ? Que eu saiba a ele não cabe o papel de julgar. Nem a favor nem contra. Mas é a loucura do mundo de hoje. Assassinos seriais, sem motivo aparente, são moda agora.
Já "prática consolidada" nos EUA, nosso "irmão mais evoluído", tomara que não desembarque aqui em terras tupiniquins. Em minha opinião ainda há muito a desvendar neste caso. Acompanharei nos próximos dias. Não quero crer que uma motivação tão fútil tenha causado a morte de três pessoas. A acusada deixou umas dez páginas de cartas explicando a sua motivação: segundo ela, não queria deixar o marido, a irmã e a sobrinha sofrerem por conta das dificuldades financeiras ...?! Me parece muito estranho. De qualquer forma, do jeito que as coisas andam neste mundão de hoje, tudo é possível.
O que me recuso a admitir é que esses assassinatos em série se multipliquem mundo afora. Já pensei sobre isso. Parece haver uma necessidade de "catarse". Creio que talvez isto ocorra porque mão há uma "válvula de escape" para os sentimentos de frustração. Não há alguém para dizer "tudo bem, estou aqui". O cidadão comum tem que engolir tantos sapos, enfrentar jornadas de trabalho estressantes, o trânsito, o mau-humor dos colegas e ainda é obrigado a chegar ao final do dia sorrindo. Aí um belo dia, parece que entra em pane: - hoje foi a gota d'água, vou pegar um rifle e matar algumas pessoas desavisadas ! Na verdade, parece que como a sua frustração e raiva não tem um alvo definido (está diluído em toda sociedade, no "sistema" ), ele "desconta no primeiro que estiver à frente". E que Deus nos acuda !
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